quarta-feira, 9 de maio de 2007

Até quando ?




A ética do Estado democrático.


A "Lista de Aposentados" com pensões que são um insulto para a maioria do povo trabalhador, seja operário, técnico ou rural, continua a crescer de forma imparável.
Essa lista pode consultar-se em : http://www.cga.pt/publicacoes.asp?O=3

Em 2005 encontramos várias dezenas de pensões (cerca de 60) superiores a 5 mil euros… seis delas superiores a 7 mil euros!

Em Espanha o salário minimo é de 570,60 euros, em França passa os 1200 euros e em Portugal, segundo nformou a TVI às 19:33 do dia 05/12/2006:
Salário mínimo fixado em 403 euros para 2007
Governo e parceiros sociais selaram o acordo que actualiza o salário mínimo para os próximos três anos.

Em Portugal, onde pensionistas do Estado recebem mais de 6000 euros, o subsidio de invalidez e velhice (base) é de 230,16 euros.

E são muitos milhares, muitas dezenas de milhares, muitas centenas de milhares de portugueses que têm de sobreviver com esses salários e subsiduios de sobrevivência…

A 17 de Abril último o blogue "Jardim do Arraial" (http://jardimdoarraial.blogspot.com/) publicou uma série de informações que resumidamente, e com a devida vénia, passamos a transcrever:
"
Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro (2005), metade dos 230 deputados não foram reeleitos. Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades. Sem, contudo saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (feita e aprovada por eles) a um subsídio que dizem de reintegração:
- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.
Desta maneira um deputado que tenha desempenhado as suas funções durante uma Legislatura recebe seis salários (20.694 euros).
Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários ( 68.980 euros).
Feitas as contas aos deputados que saíram, o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.

No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma ( mesmo que não tenham 60 anos).
Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.
Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:
Almeida Santos......................... 4.400, euros;
Álvaro Barreto.......................... 3.500, euros;
Pedro Roseta............................. 2.800, euros;
Helena Roseta........................... 2.800, euros;
Narana Coissoró………..……….. 2.800, euros;

Quanto aos ilustres reintegrados, encontramos, por exemplo, os seguintes ex-deputados:
Luís Nobre Guedes . 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço.
Mª Carmo Romão ... 62.000, euros / 9 anos de serviço;
Paulo Pedroso ..........48.000, euros / 7 anos e meio de serviço

A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente na última legislatura, isto é, 3 anos, foi o suficiente para terem recebido cerca de 20.000, euros cada.

MAS... HÁ MAIS !!!

Apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado.
A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado – técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» - apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade.
A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.
O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro. Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi para administrador da Sanest, com um ordenado líquido de 4000 euros mensais (50% a partir do inicio da reforma). O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado.
A somar aos mais de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate (!?) em Moçambique já depois do 25 de Abril (???), e cerca de 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro.
Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos. Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel.

É ESTA A CLASSE POLÍTICA QUE TEM A LATA DE PEDIR SACRIFÍCIOS AOS PORTUGUESES PARA DEBELAR A CRISE!...
"
---------------------
comentário:
Não há comentários… há sim uma profunda repulsa por esta falácia denominada democracia e um sentimento de nojo pela oligarquia política que se aproveita indecentemente da credulidade da maioria dos portugueses, e que tarda em ser politicamente defenestrada!

Sem comentários: