sexta-feira, 23 de março de 2007

Cantinho da História




23 de Março de 1919


Fundação em Milão dos "Fasci Italiani di Combattimento", grupos paramilitares que formarão o embrião do "movimento fascista" que, nessa data ainda não possuia um programa politico.
Em Novembro de 1921, Benito Amilcare Andrea Mussolini (1883-1945) funda o "Partito Nazionale Fascista", o qual contará com 700 000 militantes no final desse mesmo ano.
O sucesso popular era evidente ! O povo italiano encontrava-se cada vez mais distante de um sistema politico fraco e acobardado.

Um dos pilares do rápido sucesso do "movimento fascista" é constituido pelos "Arditi del Popolo", grupos paramilitares provindos dos "batahões de assalto" do exército italiano ("Arditi d'Italia") e que se constituem em associação imediatamente após o armisticio de 1918, em reacção contra o decreto governamental que ordena a sua dissolução.

Em Outubro de 1922, Mussolini lança um "ultimatum" ao rei Victor-Emmanuel III ordenando-lhe que lhe entregue o poder, sem o que utilizará a força para o conseguir.
A 29 de Outubro, o rei cede e nomeia Mussolini chefe do gouverno !

Como curiosidade, anote-se que etimologicamente o nome Italia provém do grego "aithô", um verbo que significa "queimar" e que ainda se encontra no radical de "Etna" ("Aithna"), o monte que arde.
A referência dada pelos gregos tem a sua origem na circunstância de que, vindos da Grécia (de Leste), os gregos viam o Sol poente avermelhado sobre o território que eles designaram como "Aithalia", a terra que queima.

Sobre o território de "Aithalia" viviam dezenas de povos, alguns autóctones e outros forâneos, maioritariamente indo-europeus : etruscos, latinos, oscos, ligures, umbrios, samnitas, sabinos, venetas, italiotas, etc…, culturas próximas ou diferenciadas, mais ou menos respeitadas pelos Romanos (da Monarquia à República e ao Império), mas que se aculturaram adoptando o latim como lingua veícular.

Mas, o golpe decisivo contra as nações que prevaleciam em Itália ainda nos finais do século XVIII, é cometido pelas invasões napoleónicas (1), formalizado com as guerras do "Risorgimento", de 1848 a 1870 e com a unificação imposta por Victor-Emmanuel II de Sabóia, rei da Sardenha, que culmina com a anexação de Roma e a proclamação do reino de Itália em 20 de Setembro de 1870, obviamente com Victor-Emmanuel II como rei.

Um dos personagens mais importantes no "amálgama italiano" foi Giuseppe Garibaldi (1807-1882), mação iniciado em Montevideu, em Agosto de 1844, na Logia “Les Amis de la Patrie”, dependente da Grande Loge de France.
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(1) Napoleão era filho de um mação (Charles Bonaparte), e ele mesmo e os seus irmãos eram membros da Maçonaria.

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