segunda-feira, 5 de março de 2007

Assim vai o Património Arquitectónico





A muralha de Valença
cai aos pedaços…
como quase tudo neste País !


Um troço de 15 metros de comprimento e seis de altura da muralha interior da fortaleza de Valença, que está classificada como monumento nacional, ruiu este domingo (04/03/07).
Em Dezembro último já tinha caido um outro troço daquela muralha, com 25 metros…

Segundo o dono de um restaurante local, a muralha ruiu às 15h30, quase atingindo o seu filho, de dez anos, e uma menina de oito, que brincavam nas traseiras daquela unidade de restauração.
"Se não tivessem fugido tão depressa podia ter acontecido aqui uma tragédia", afirmou, indignado com a forma "desleixada" como decorrem as obras de recuperação da fortaleza.

A Câmara Municipal de Valença já comunicou a ocorrência ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), o organismo a quem cabe coordenar a intervenção de recomposição da muralha, uma vez que a fortaleza de Valença está classificada como monumento nacional.

Construída no séc. XVII, em substituição de uma muralha que remonta ao século XIII, e renovada nos séculos XVIII e XIX, a fortaleza integra-se na linha defensiva estrategicamente colocada na margem esquerda do rio Minho e ao longo da costa Atlântica.
Na área extra-muros existiam pequenos fortes que reforçavam a capacidade defensiva da Praça (Forte de S. Vicente e Forte da Feitoria Velha).

As obras de recuperação da fortaleza surgiram após um alerta da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em Julho de 2003, dando conta de que a fortaleza corria o risco de derrocada devido à "deficiente" drenagem de águas pluviais e à "decrepitude" das redes de infra-estruturas subterrâneas.

O projecto é do arquitecto Eduardo Souto Moura, o mesmo que ajudou o sr. Siza Vieira, seu colega de profissão, a transformar a Avenida dos Aliados no Porto numa espécie de "pátio das mesquitas" !
Preocupante é o sr. Souto Moura ter afirmado que "Valença não se pode transformar numa Brodway" ! É que, se ele pensou na Brodway…

É caso para perguntar porque não contratam o Rem Koolhaas, o do "caixote da música" do Porto ?
Provavelmente ficaríamos com umas muralhas triângulares numa perspectiva rombo-octoédrica…
Mais um sucesso pós-pós-moderno !

2 comentários:

Anónimo disse...

Hablando de murallas: me gustaría conocer la impresión que le causa al Sr. Lugano la ciudad de Avila de los Caballeros ("berço" de Santa Teresa de Jesús) y su muralla. La ciudad de "Cantos y Santos", mística por antonomasia.

Anónimo disse...

Me ha dado muchísimo gusto conocer el Blog, el cual me fue recomendado por Filomeno y tenía razón, es excelente. Me he permitido enlazarlo a mi Blog y hacer referencia del post sobre De Juana Chaos. Mis cordiales saludos desde Venezuela, Martha Colmenares