terça-feira, 26 de junho de 2007

Estes estão integrados...


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já podem vir mais…
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Três homens de raça negra assaltaram, ontem de manhã, um stand de automóveis na Avenida Aldeia Nova, em Figueiró, Paços de Ferreira, e roubaram dois Mercedes C220 CDI de cor cinzenta e uma carrinha Audi A6 azul.
Os assaltantes, com idades entre os 30 e 35 anos, abordaram, de cara descoberta, a irmã dos donos do estabelecimento e exigiram as chaves dos automóveis.
Antes de fugirem com os carros de alta cilindrada fecharam a mulher no WC. Foi uma vizinha que, ao ouvir os gritos, libertou a vítima
(publicado no JN de hoje)

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Little Big Horn


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o colonialismo yankee
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À chegada dos primeiros europeus ao actual Estado de Montana (Estado setentrional dos Estados Unidos, limitado ao norte pelas provincias canadianas da Colombia-Britânica e Alberta.) a região estava habitada por "amerindios" (ou "indios da América", pelo nome "Indias Ocidentais", inicialmente atribuido ao continente), principalmente das nações Cheyenne e Sioux.

Em 1874, o tenente coronel de cavalaria George Armstrong Custer (1839-1876) conduz no Estado de Montana uma expedição exploratória aos Black Hills (montanhas sagradas para os indios), em pleno território dos Sioux Lakotas e descobre um jazigo aurífero potencialmente importante.
As autoridades tentam negociar com os Lakota a compra das Colinas Negras (Black Hills), antes da chegada da tradicional vaga de exploradores de ouro mas, em Setembro de 1875, as negociações terminam sem resultado, pois os autóctones não entendem o objectivo de adquirir para uso próprio uma montanha "que a Natureza criou para disfrute de todos".

Amarrado à sua lógica mercantilista, o governo americano decide lançar uma ofensiva militar contra os "indios hostis" de Montana e, na Primavera de 1876, várias colunas militares convergem para a região.

A 17 de Junho, na batalha de Rosebud, os Sioux chefiados por "Tatanka Iyotanka" (Bisonte Sentado ou Sitting Bull) e "Thašunka Witko" (Cavalo Louco ou Crazy Horse) derrotam as forças do general Crook.

A 25 de Junho de 1876, próximo do ribeiro Little Bighorn (afluente do Bighorn) os 647 homens do 7º Regimento de Cavalaria do Exército dos Estados Unidos, comandado pelo general George A. Custer, ataca uma coligação de indios Cheyenne e Sioux, organizada pelo chefe Sitting Bull, e chefiados em combate pelos chefes Crazy Horse e "Pizi" (Gall).
A batalha, conhecida como Little Big Horn (ou Little Bighorn) termina com a derrota do 7º de Cavalaria (38 feridos e 263 mortos incluindo Custer).

Little Big Horn ficou como simbolo de honra para os homens e mulheres que, com parcos meios ao seu alcance, lutaram contra a avassaladora vaga mercantilista, a febre do ouro e a justiça do revólver…
Os descendentes dos bravos de Little Big Horn estão hoje confinados em reservas… uma vitória mais da democracia !
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Os Cheyennes (que a si mesmo se denominavam "Tsitsistas") constituiam uma das mais importantes nações amerindias da região, aliada dos Arapahos e dos Lakotas (Sioux).
Antes da batalha de Little Big Horn haviam sido já vitimas do denominado Massacre de Sand Creek, em que cerca de 200 (guerreiros e civis) foram mortos pela milicia do Colorado, e em 27 Novembro de 1868 sofreram igualmente a morte de 150 (dos quais 20 mulheres e crianças) sacrificados pelo 7º de Cavalaria comandado pelo tenente George Armstrong Custer, na denominada Batalha de Washita River, eufemismo para classificar um massacre.

Os denominados Sioux (nome que provém de "nadewisu", termo pelo qual eles designavam os povos vizinhos) constituiam três grupos étnica e culturalmente próximos : os Lakota, Nakota e Dakota.
Os Sioux denominavam-se a eles mesmo "Oceti Sakowin Oyate", "Povo dos Sete Fogos" (os sete clãs que os constituiam).

"Gostaria de conhecer as razões pelas quais vocês circulam sobre as nossas pistas.
Assustais os bisontes e nós temos necessidade de caçar nesses locais.
Desejo que vos retireis deste país. Se recusais, de novo vos combaterei.
Quero que abandoneis o terreno com todos os vossos pertences, e que volvais para trás.
Falo-vos como amigo."
Palavras de "Bisonte Sentado" dirigidas aos colonos.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

21 de Junho : o Solstício...





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ou o eterno retorno
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Etimologicamente, o termo "solsticio" significa "paragem do Sol", em latim "solstitium" (de "Sol" e "stare", paragem).

Chegado ao "zenith", ponto mais alto (mais a Norte) da trajectória aparente do Sol, este parece "parar" (três dias) para retomar o seu "caminho" em direcção ao Sul, onde, chegado ao "nadir" (oposto ao "zenith") volta a "parar" ("solsticio" de inverno) antes de retomar o "caminho" do Norte, para novo "solsticio" de verão e… o ciclo prossegue !

Segundo o "calendário gregoriano" iniciado em 1582, o "solsticio" pode suceder a 19, 20, 21 ou 22 de Junho, uma variação causada pela diferença de duração entre o ano civil (365 ou 366 dias) e o ano trópico (aprox. 365,2422 dias), uma volta (aparente) do Sol em torno da Terra (na realidade "movimento de transladação" da Terra em volta do Sol).

Este ano o Sol atingirá o ponto solsticial dia 21 de Junho às 18:06 (hora portuguesa).
No próximo ano (2008) o "solsticio" será no dia 20 de Junho às 23:59.

Os celtas iniciavam o Verão no dia 1 de Maio com a festa da Beltaine, dedicada ao "novo Sol" (Bel, Belenos ou Belenus) que vai regenerar a Mãe Terra.
Segundo a mitologia celta, o 1º de Maio era a data da chegada à Irlanda, provenientes das ilhas do norte do Mundo, dos "Tuatha Dé Dãnnan" ("gente da deusa Dana").
Com o "solsticio" realiza-se a festa do fogo, um ritual destinado a fortalecer o Sol que fará amadurecer os frutos e os grãos, e protegerá homens e animais das enfermidades.

No seu propósito de se substituir às festividades populares relacionadas com as originais mitologias europeias, o cristianismo (oriundo do Médio Oriente) coloca nessa data o nascimento de um santo (S. João Baptista), tal como o fez no "solsticio" de inverno fazendo coincidir o nascimento de Cristo com o festejado nascimento de Mithra, deus Sol, uma decisão tomada em 354 da Era Actual pelo Papa Libério ("Liberius").
Como curiosidade, notemos que foi o mesmo Libério quem primeiro designou Roma como sede apostólica !

domingo, 17 de junho de 2007

O esplendor da democracia...



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CORRUPÇÃO !
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"… por que motivo são os promotores imobiliários e os construtores os grandes financiadores da vida partidária?
As contrapartidas deveriam ser seriamente analizadas."
Palavras de Paulo Morais, antigo vice-presidente da Câmara do Porto e ex-vereador do Urbanismo.

Jornal de Notícias
Tem vindo a denunciar as "trapalhadas" nos pelouros do urbanismo, e o conúbio entre o poder autárquico e os interesses dos directórios partidários. Como se desenvolve, afinal, esta relação?
Paulo Morais
O planeamento e a gestão urbanísticos constituem, hoje, um dos maiores problemas nacionais e um dos maiores cancros da democracia, senão mesmo o maior.
É através do urbanismo que se valorizam, à custa de recursos públicos, bens privados de forma quase sempre ilícita. Mais de 90% dos problemas nas autarquias têm a ver com este sector as suspeitas de corrupção, o tráfico de influências e as pressões.
A recente queda da Câmara de Lisboa aconteceu porquê? Porque houve trapalhadas no urbanismo.
E isto não acontece por acaso. Tem causas que são conhecidas, mas por quem não quer alterar este estado de coisas. Um pelouro do urbanismo deveria fazer o seguinte: planear o território em função do interesse colectivo, licenciar em função desse planeamento e fiscalizar em função do planeamento e do licenciamento.

JN
Não é isso que acontece?
PM
Acontece exactamente o contrário planeia-se num esquema de bolsa de terrenos que valem mais ou menos em função de quem é o seu proprietário. Depois, licencia-se em função de quem é o promotor envolvido. Por último, a fiscalização é uma fraude. Isto faz, por exemplo, com que, de Norte a Sul, as revisões dos planos directores municipais (PDM) não sejam mais do que a alteração da condição de utilização de solo de terreno agrícola para terreno urbanizável.
A Autarquia valoriza os terrenos em 40 ou 50 vezes, o que faz com este tipo de negócio só seja comparável, em termos de rentabilidade, ao tráfico de droga em Portugal. E, no urbanismo, o negócio ainda é menos sério.
(…)

JN
É um mercado paralelo?
PM
É quase uma área de actividade económica. Um Estado que tem a capacidade, através de medidas administrativas, de valorizar, de forma exponencial, património privado, é muito vulnerável e permeável a interesses. E é natural que se crie, à volta da política partidária, um conjunto de pessoas que vive da intermediação entre interesses privados e administração pública.
Através de processos eleitorais, de nomeações, das máquinas partidárias, colocam-se na administração pessoas que só estão lá para favorecer os interesses privados, porque são estes que lhes financiam as carreiras e a actividade política. É quase uma questão de gratidão.

JN
Quem são o traficante, o intermediário e o consumidor?
PM
O bem traficado é o território, o património e tudo o que é infra-estrutura e ambiente.
Os traficantes são quem, na administração, nos partidos ou nessa esfera de influência, desenvolve a sua actividade no sentido de transferir bens públicos para a mão de privados, os tais interesses instalados que dominam o nosso regime.

JN
São dirigentes partidários?
PM
Em Portugal, estamos a falar de todo o sistema. É um cancro. E podemos dividir isto em duas matérias administração local e administração central. O urbanismo tem mais a ver com a primeira. Um terreno pode ser transformado, numa manobra de planeamento, num local onde se pode edificar. Depois, com a assessoria de certos gabinetes de advogados, pode, eventualmente, licenciar-se para além do planeamento.
Um promotor com grande capacidade de influência sobre o poder pode licenciar o que o planeamento não permite, como tem acontecido ao longo deste país e também no Porto. E pode diminuir a capacidade de intervenção da fiscalização.

JN
Como inverter a situação?
PM
Bastaria um planeamento simples, que não deixasse dúvidas; um licenciamento que fosse meramente administrativo e uma fiscalização que fosse aleatória. Ou seja, todos nós poderíamos ser fiscalizados e isso permitiria que o processo fosse mais sério.

JN
Quem são, exactamente, os beneficiários?
PM
São, claramente, os promotores imobiliários que têm capacidade de influência sobre as autarquias. Por que motivo são os promotores imobiliários e os construtores os grandes financiadores da vida partidária? Naturalmente que querem alguma coisa em troca. Por que ninguém analisa quais são as contrapartidas destes financiamentos? E não falo apenas de financiamento dos partidos, mas também da vida de todos que giram na órbita dos partidos.
No financiamento partidário, quem arranja dinheiro para os partidos fica com 40%. Por isso, há muitas pessoas que nunca tiveram actividade conhecida mas acumulam fortunas.
(…)

JN
O que é possível fazer ao nível do urbanismo?
PM
O mais importante é intervir nas causas. O regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial tem já oito anos. Preconizava-se que as condições segundo as quais os solos podiam ser reclassificados de rurais para urbanizáveis seriam excepcionais. Teriam de ser regulamentadas de forma uniforme no país e em 120 dias. Passaram oito anos e nada.
Quatro chefes de Governo ficaram reféns das negociatas. A legislação do urbanismo em geral tem que ser simplificada. Por que o Parlamento não faz isso? Porque os deputados são mais do que funcionários de partidos ao serviço do líder do momento. E os líderes dos partidos, por sua vez, também não podem alterar o estado de coisas porque iriam prejudicar quem os financia.

* com a devida vénia à Carla Soares, ao Fernando Timoteo e ao "JN"
excerto de um artigo publicado a 17/06/2007

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Desastre identitário




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a servidão voluntária

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Uma nova Lei da Imigração foi aprovada no Parlamento (10/05/07), um novo regime jurídico de entrada, permanência e saída de estrangeiros do território português que substituirá a legislação em vigor desde 2003.

A actual proposta foi votada pelo Governo em Agosto e pelo Parlamento em Dezembro passado.
Cerca de cinco meses à volta de um diploma com mais de 200 artigos. Falta agora regulamentar a lei.

"Além dos cerca de 90 mil brasileiros em situação regular, as autoridades brasileiras estimam que vivem Portugal entre 50 a 60 mil ilegais."
Jornal Digital de 09/08/2006

"A nova lei irá permitir legalizar grande parte dos imigrantes e combater a burocracia."
Jornal Digital de 10/05/2007

(…)
Com o fim das colónias, inicia-se a vinda de centenas de milhares africanos para Portugal.
O número exacto é impossível de determinar. Por várias razões.
A primeira é que face à lei que vigorou até 1981 (Dec.Lei 308/75), qualquer cidadão que tivesse nascido numa das antigas colónias portuguesas até à data da sua independência (1974/75) era para todos os efeitos um cidadão português.
Um número indeterminado de africanos que estavam nestas circunstâncias, acabaram por regularizar a sua situação como cidadãos portugueses.
http://imigrantes.no.sapo.pt/

E continua a porta aberta… escancarada.

Quem defender a identidade nacional é acusado de perigoso reaccionário, tal como o defensor da familia ou o que respeita a maternidade.
São temas "fora de moda", impondo-se os sinais da modernidade como o aborto, a homossexualidade e a miscigenação.

Os mesmos sintomas que indiciaram a decadência do Império Romano, onde também os tradicionais valores familiares pareciam tolices obsoletas e maçadoras, pois o que era excitante e divertido era o adultério e o deboche, numa sociedade que se abandonava ao hedonismo, ao canto demagógico da oligarquia, à tolerância étnica e ao desprezo pela cultura.

Afirma-se que a imigração serve para paliar a falta de mão de obra…
Divulgou (18/05/07) o Instituto Nacional de Estatística (INE) os números de desemprego referentes aos primeiros três meses de 2007 e o número de desempregados voltou a aumentar ; para encontrar um valor superior ao anunciado é preciso recuar 21 anos (até ao 2º semestre de 1986).
Os números mostram que Portugal tinha 469.900 desempregados no final do primeiro trimestre deste ano, número que representa uma taxa de desemprego de 8,4 por cento, mais 0,7 pontos percentuais do que no mesmo período do ano passado e mais 0,2 pontos acima do último trimestre de 2006.

Entretanto, perdemos relevância, significado e identidade.
Como bons "servos", satisfazemo-nos com "pão e circo"
É evidente o empobrecimento da maioria da população e o enriquecimento da oligarquia.

Cultural e etnicamente já entramos em via de extinção…

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Europa viva...

… ironia e identidade

Pela exibição da faixa que publicamos (foto Novopress), durante o jogo de futebol entre a Lituânia e a França (Março 2007), a União Europeia de Futeboll (UEFA) condenou a Federação de Futebol da Lituânia a uma multa de 15 000 francos suiços.
Assim que, defender (ironicamente) a identidade europeia é um acto punível…

segunda-feira, 11 de junho de 2007

O Nacionalismo de Estado...




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… e a resposta popular
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Duas eleições legislativas em dois países europeus (França e Bélgica) soam como trompete anunciadora do despertar de uma vontade nacionalista de base, que se manifesta de forma positiva (na Bélgica) pela vitória dos "nacionalistas" (regionalistas e independentistas) flamengos, e de forma negativa (na França) por mais uma derrota (depois das presidenciais) dos "nacionalistas" do Estado-nação, representados pelo Front National (FN) que não atige os 5% e é quase ultrapassado pelo mumificado "partido comunista".
Não esqueçamos que, enquanto durou o convencimento de que o FN poderia ser uma alternativa nacionalista ao sistema centralizador, os seus votos chegaram aos 14,34% (em 1997).
Porém, o discurso de nacionalismo à Joana D'Arc, de pendão centralizador e altar vaticano, foi-se esboroando.

Entre nós o "nacionalismo-centralizador" continua a ser como um albergue espanhol, em que cada um encontra o que procura, porque cada um leva o que quer, e ainda não arraigou o conceito de que o "nacionalismo" deve ser considerado "metapolitica" e não uma "teoria política" mais !

Comprendamos que o nacionalismo de "trono e altar", de Camões e Adamastor, poderá ter significado numa ou outra área urbana, num ou outro grupo de adeptos, mas no país profundo, no que tem anseios de regionalização, pouco mais representa que um folclore distante… na distância como no tempo.

Recordem a "caverna de Platão", a alegoria inserta na "República" (livro VI)… sobre aqueles que vivem em função das sombras que outros projectam na parede que têm diante de si !

domingo, 10 de junho de 2007

Do Adamastor à realidade...

… é preciso morrer e nascer de novo !

No dia de hoje, recordo o que dizia Antero de Quental, no "Nirvana":

À bela luz da vida, ampla, infinita,
Só vê com tédio, em tudo quanto fita,
A ilusão e o vazio universais.

Mas, dizem alguns, recordar é viver…
E, quando a vida das gentes é triste, recordam sonhos, creem em lendas e imaginam mitos.
Uma projecção de "saudade" num futuro redentor… que há-de chegar… numa madrugada nevoenta…
D. Sebastião está aí ao voltar da esquina. Já se ouve o tropel cavalar…
Ou serão os corcéis do Apocalipse ?

Compreende-se… enfrentar a realidade que nos impõem é comer queijo ranço.
Ao menos a festa distrai… e depois do Luiz, virá o António, o João e o Pedro. Folguemos !

"Panem et circenses", dizia Juvenal afirmando ser isso o único que desperta interesse no povo, palavras de um satírico e, oh crime, um anti-democrata.
"O nobre povo, belo e inteligente", talvez fosse a expressão utilizada por Kleon de Atenas, um profissional da demagogia, um verdadeiro democrata…
Se apurásemos o ouvido talvez chegasse até nós o murmúrio sarcástico do velho Diógenes, enquanto urinava contra uma coluna : "… eu vos aspirjo políticos…".

E lá vão os "nacionalistas", os da "pátria una", e não só os do "pendão, do trono e do altar", mas também os do "Imperium", e os ante-pós-nacionalistas, e os da Europa da Joana D'Arc, do Cid e do Garibaldi, todos trémulos de emoção perante uma bandeira nascida da "Carbonária" e um hino composto contra o "Ultimatum" inglês, recuperado pelos maçãos do 5 de Outubro.
Os "nacionalistas", os que crêem nas "nações", assistem à liturgia perguntando-se qual seria a prosopopeia que Erasmus aplicaria à loucura perante semelhante cenário, perante este fruto de uma racionalidade que a razão desconhece !

Mas o esoterismo não fica por aí e rende homenagem a um poeta que não se sabe muito bem onde nasceu, nem onde fez escola, nem onde morreu. Foi aventureiro, militar, amante compulsivo e sonetista nas horas vagas.
Nunca ninguém soube que Universidade e bibliotecas frequentou para adquirir um conhecimento tão profundo das mitologias grega e romana…
O que, convenhamos, não é muito normal num católico assumido, mas a culpa é de Publius Vergilius Maro que escreveu a Eneida ("Aeneis") sem referir as "chagas de Cristo" e a "Santíssima Trindade".

É que a semelhança é grande ! Vergilius baseou-se na Iliada e na Odisseia… mas disse-o !.

Segundo rezam as crónicas, terá sido no Oriente, no exilio de Macau, que o vate teria escrito, de memória, tão extenso e magnifico trabalho intitulado os Lusiadas… Talvez não tanto de memória se conhecermos o "Roteiro da India" de Álvaro Velho…
Quanto ao título, como se surpreenderia Caius Plinius Secundus (Plínio, o Velho), se soubesse o significado que iriam atribuir ao seu "lusum" ("jogo") na expressão "lusum enim Liberi patris" (in "Naturalis Historia").

Outro mistério concerna a composição da tinta utilizada no manuscrito que o poeta-aventureiro salvou de um naufrágio, segurando-o com os dentes contra as arremetidas do mar, enquanto nadava em direcção à costa. Apesar de o manuscrito ficar encharcado em água salgada… a escrita manteve-se !
Alguns atribuem o facto a uma intervenção divina…
A mesma divindade que, como a Constantino na "ponte Milvius", surgiu perante Alfonso Anriques em Ourique, e a Nuno Alvares em Aljubarrota…

Realidade ou ficção ?

Mas, se os gregos deduziram a existência de um Homero desde uma obra colectiva denominada "Homeriades", e diziam que era cego (porque a cegueira era simbolo de visão interior), porque não podemos nós também deduzir um vate ? E numa versão caseira em que só é cego a metade… somos mais humildes ! E como um aventureiro não pode ser cego de nascença supõe-se que a causa foi uma flecha lançada "pela fúria de Marte", ou por um tiro numa batalha de Ceuta.
Porém… que importa a realidade se o irreal nos satisfaz ?

Somos como o restolho…

Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem côr e sem vontade
(…)
Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo.....

Restolho - Mafalda Veiga in "Pássaros do Sul", 1987

Escrevia o esotérico Fernando Pessoa que "Conquistamos já o Mar: resta que conquistemos o Céu, ficando a Terra para os Outros…".
Residirá aí a verdade ?

Para quê a Terra se somos uma população de etéreos ?
Que o "Imperium" (o 5º ou o 6º, pouco importa) seja nas nuvens ! Entre cumulus-nimbus e estrato-cumulus.
Seguramente que o encontro com D. Sebastião é um "encontro do 3º grau", na alta atmosfera.

E a capital do "Imperium Europeo", depois de Bruxelas, não será Tel Aviv como alguns vaticinam, mas sim no Restelo...

Que vitória para o "velho" lá do sitio !
Há mesmo quem afirme que esta é a autêntica 3ª mensagem de Fátima !

"Sem a loucura que é o homem
Mais que besta sadia,
Cadáver addiado que procria ?"

F. Pessoa 20-2-1933 in "Regresso ao Sebastianismo".

terça-feira, 5 de junho de 2007

Há algo de podre no reino de Espanha ! (V)



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ETA
rompe
a trégua !

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(…) … ETA anunciou esta madrugada que voltará a matar…
O Governo de Espanha permitiu que a ETA se rearmasse e reorganizasse a sua estrutura, purgou os fiscais (juizes) que combatiam contra a ETA, legitimou a ETA perante o Parlamento Europeu, libertou assassinos sanguinárioa da ETA, humilhou as vitimas, consentiu a re-legalização dos batasuunos e, sobretudo, contribuiu ao regresso da ETA aos municipios ("ayuntamientos"), com o consequente acesso ao orçamento, aos serviços municipais e às informações sobre os munícipes.
(…)
Quando ETA mate, falo-á com o dinheiro que o Governo de José Luis Rodríguez Zapatero lhe permitiu recaudar, falo-á com a cobertura política que Zapatero lhe permitiu voltar a organizar, falo-á com as armas que Zapatero lhe permitiu conseguir…
(…).
José Luis Rodríguez Zapatero herdou uma banda assassina em extinção e aplicou-se denodadamente na tarefa de voltar a poder matar, porque isso convinha à estratégia do seu partido. Não é casa que Zapatero deveria ir, porque não estamos a falar de erros bem intencionados.
Se ETA mata, Zapatero deveria ir para a prisão.
(…).
Publicado por Luis del Pino
em
www.libertaddigital.com

sábado, 2 de junho de 2007

Prevaricação...

ou amor paterno ?

Publicado no
http://cegosmudosesurdos.blogspot.com/
no dia 30 de Maio 2007
sob o titulo "Jobs for Girls".

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comentário
O labor de um par de horas por dia, e nem todos os dias há actualizações, é pago com 3.254 euros/mês (14 meses) mais subsidio de refeição (para não passar fome).
Quanto ao transporte, pressume-se que utilize o "pópó" (oficial) do "papá"...
E ainda andam por aí "terroristas" a dizer que os socialistas não protegem a "familia"...

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Você disse Justiça ?



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corrupção e suborno

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Segundo um relatório de "Transparência Internacional" (TI), uma organização não governamental dedicada ao combate à corrupção, Portugal figura em 25.º lugar entre 62 países numa avaliação da corrupção judicial.

Portugal é precedido pela República Checa, Espanha e ilhas Fiji, e imediatamente seguido pelas Filipinas.

A Dinamarca surge como o país onde os cidadãos têm maior confiança no seu sistema de justiça, seguida por Singapura, Suécia, Finlândia, Noruega e Alemanha.
Os últimos cinco lugares da tabela são ocupados pelo Paraguai, Peru, Camarões, Macedónia e Bolívia.

"Quando os tribunais cedem face à corrupção por avareza ou conveniência política, a balança da justiça inclina-se e o cidadão comum é prejudicado",
diz Huguette Labelle, presidente da TI,.

"A corrupção judicial implica que a voz do inocente não seja escutada, enquanto os culpados são livres de actuar com impunidade."

Classificando o suborno como o outro lado obscuro da corrupção judicial, a Transparência Internacional revela que dados apurados em 32 países indiciarão que os juízes poderão ser receptivos a deixar-se subornar para atrasar ou acelerar processos, aceitar ou recusar recursos, influenciar outros juízes ou simplesmente para decidirem um processo de um modo determinado.
Os funcionários judiciais, por seu lado, por vezes reclamam luvas por serviços que deveriam ser gratuitos, e certos advogados cobram comissões adicionais para acelerar ou retardar causas ou para encaminhar clientes para juízes conhecidos pela sua disposição ao suborno.

"Se o dinheiro e a influência são a base da justiça, os pobres não podem competir"

"O suborno não só torna a justiça inacessível como também arruína a capacidade de o sistema judicial lutar contra ela e de funcionar como modelo de independência e prestação de contas."
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comentário
Que não se confundam os tradicionais valores éticos de "Justiça" e "Juiz" (que, contra ondas e marés, ainda persistem) com a "moda ambiental" de "interpretação alargada das leis pelos funcionários julgadores".