segunda-feira, 11 de junho de 2007

O Nacionalismo de Estado...




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… e a resposta popular
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Duas eleições legislativas em dois países europeus (França e Bélgica) soam como trompete anunciadora do despertar de uma vontade nacionalista de base, que se manifesta de forma positiva (na Bélgica) pela vitória dos "nacionalistas" (regionalistas e independentistas) flamengos, e de forma negativa (na França) por mais uma derrota (depois das presidenciais) dos "nacionalistas" do Estado-nação, representados pelo Front National (FN) que não atige os 5% e é quase ultrapassado pelo mumificado "partido comunista".
Não esqueçamos que, enquanto durou o convencimento de que o FN poderia ser uma alternativa nacionalista ao sistema centralizador, os seus votos chegaram aos 14,34% (em 1997).
Porém, o discurso de nacionalismo à Joana D'Arc, de pendão centralizador e altar vaticano, foi-se esboroando.

Entre nós o "nacionalismo-centralizador" continua a ser como um albergue espanhol, em que cada um encontra o que procura, porque cada um leva o que quer, e ainda não arraigou o conceito de que o "nacionalismo" deve ser considerado "metapolitica" e não uma "teoria política" mais !

Comprendamos que o nacionalismo de "trono e altar", de Camões e Adamastor, poderá ter significado numa ou outra área urbana, num ou outro grupo de adeptos, mas no país profundo, no que tem anseios de regionalização, pouco mais representa que um folclore distante… na distância como no tempo.

Recordem a "caverna de Platão", a alegoria inserta na "República" (livro VI)… sobre aqueles que vivem em função das sombras que outros projectam na parede que têm diante de si !

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