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o debate
e a critica…
e a critica…
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O blogue "arqueofuturista"
lançou a 20 de Setembro último um tema para debate francamente interessante, que me permito aplaudir, e que teve um êxito incontestável : o Paganismo !
Não obstante, o assunto inicia-se com um texto de Guillaume Faye que demonstra superficialidade, um conhecimento de "saber comum" que pode (e assim sucedeu) induzir em erro muito "boa gente" que concebe o "paganismo" tal como o projecta o ensino oficial e os "correctamente pensantes" !
Tentemos uma aproximação "histórica" e na perspectiva da "antropologia cultural" (como estudo da vertente cultural nas sociedades humanas).
Afirma Guillaume Faye (na tradução apresentada pelo "arqueofuturista") :
«A riqueza do Paganismo, a qual nenhuma outra “religião” possui, (…)".
Dois conceitos chocam com a realidade !
Não obstante, o assunto inicia-se com um texto de Guillaume Faye que demonstra superficialidade, um conhecimento de "saber comum" que pode (e assim sucedeu) induzir em erro muito "boa gente" que concebe o "paganismo" tal como o projecta o ensino oficial e os "correctamente pensantes" !
Tentemos uma aproximação "histórica" e na perspectiva da "antropologia cultural" (como estudo da vertente cultural nas sociedades humanas).
Afirma Guillaume Faye (na tradução apresentada pelo "arqueofuturista") :
«A riqueza do Paganismo, a qual nenhuma outra “religião” possui, (…)".
Dois conceitos chocam com a realidade !
1. - o "paganismo" não é "uma religião", mas sim um conceito cristão para significar todas as crenças "não cristãs", excepto e obviamente o judaísmo, que era a sua própria essência.
Como dissidência judaica (heresia), o cristianismo foi-se impondo nas "urbes" do Império de Roma essencialmente através das mulheres e dos escravos, pela primeira vez aceites como assistentes aos cultos, e a quem uma divindade transcendente lhes oferecia no "post mortem" tudo a que não tinham tido acesso durante a vida.
Fora das "urbes", nas zonas rurais ("pagus"), a religiosidade mantinha-se numa perspectiva de respeito pelas energias imanentes da Natureza.
Depreciativamente, o cristianismo denominou essas populações de "pagãos" (de "pagus") e generalizou as diversas religiosidades fundamentadas em outras tantas mitologias (celta, nórdica, germana, eslava…) atribuindo-lhes a denominação de "paganismo".
2. - de forma caracterizadamente equivoca apresenta-se o conceito de que existem "várias religiões", o que é um absurdo semântico, pois o termo provém etimológicamente do latim "religio" (de "religare") um neologismo romano para significar "a ligação entre a humanidade e a divindade", que nessa época perdia gradualmente a sua característica "imanente" para se assumir como "transcendente".
Essa "ligação" ("religo" - "religione" - "religião") é pois um conceito genérico e não uma particularidade !
A utilização do termo "religião" como plural provém do facto de que, tanto o judaismo, como o cristianismo, etc, considerando-se "cada um" como a "única ligação" (e verdadeira) com a divindade, assumiu ser "a religião".
Daí o erro, por habituação, de se considerar um plural para "religião"… o que é uma falácia !
Judaismo, cristianismo, islamismo (por ordem cronológica) são "doutrinas religiosas" e não "religiões" !
Devemos designar a religiosidade dos povos europeus pré-cristãos, não como um aglomerado de crenças animistas, como pretendia o cristianismo, mas sim pela mitologia que significa a própria religiosidade de cada um deles (celtas, nórdicos, germanos, eslavos…), a sua cosmogonia e as suas energias imanentes provindas, como consequência, do mais vivificante fenómeno da Natureza, a "claridade do dia" (em sânscrito : "diew").
Esta é a minha singela aportação ao debate proposto pelo "arqueofuturista", a quem saúdo pela pertinência do tema.
Como dissidência judaica (heresia), o cristianismo foi-se impondo nas "urbes" do Império de Roma essencialmente através das mulheres e dos escravos, pela primeira vez aceites como assistentes aos cultos, e a quem uma divindade transcendente lhes oferecia no "post mortem" tudo a que não tinham tido acesso durante a vida.
Fora das "urbes", nas zonas rurais ("pagus"), a religiosidade mantinha-se numa perspectiva de respeito pelas energias imanentes da Natureza.
Depreciativamente, o cristianismo denominou essas populações de "pagãos" (de "pagus") e generalizou as diversas religiosidades fundamentadas em outras tantas mitologias (celta, nórdica, germana, eslava…) atribuindo-lhes a denominação de "paganismo".
2. - de forma caracterizadamente equivoca apresenta-se o conceito de que existem "várias religiões", o que é um absurdo semântico, pois o termo provém etimológicamente do latim "religio" (de "religare") um neologismo romano para significar "a ligação entre a humanidade e a divindade", que nessa época perdia gradualmente a sua característica "imanente" para se assumir como "transcendente".
Essa "ligação" ("religo" - "religione" - "religião") é pois um conceito genérico e não uma particularidade !
A utilização do termo "religião" como plural provém do facto de que, tanto o judaismo, como o cristianismo, etc, considerando-se "cada um" como a "única ligação" (e verdadeira) com a divindade, assumiu ser "a religião".
Daí o erro, por habituação, de se considerar um plural para "religião"… o que é uma falácia !
Judaismo, cristianismo, islamismo (por ordem cronológica) são "doutrinas religiosas" e não "religiões" !
Devemos designar a religiosidade dos povos europeus pré-cristãos, não como um aglomerado de crenças animistas, como pretendia o cristianismo, mas sim pela mitologia que significa a própria religiosidade de cada um deles (celtas, nórdicos, germanos, eslavos…), a sua cosmogonia e as suas energias imanentes provindas, como consequência, do mais vivificante fenómeno da Natureza, a "claridade do dia" (em sânscrito : "diew").
Esta é a minha singela aportação ao debate proposto pelo "arqueofuturista", a quem saúdo pela pertinência do tema.
3 comentários:
Caro António Lugano, retribu-o a saudação e, com devida permissão, irei notificar os participantes no debate para atentarem neste seu comntário, o qual pode, se assim considerar oportuno, publicá-lo numa das três caixas de comentários elacionadas com este tão apaixonante assunto.
Melhores saudações.
ao Arqueofuturista
Grato pela atenção, e disponha do meu texto como melhor entenda.
Não o coloquei nos comentários do seu artigo porque considerei que era demasiado extenso e não quiz abusar do seu espaço.
Com cordialidade
A. Lugano
errata
No texto anterior, onde está "quiz" deve estar "quis".
"Mea culpa" e... desculpas !
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