quinta-feira, 5 de julho de 2007

Europeus...


.
.

a falácia
do "Out of Africa"
.
.
.
.

Numa nota fornecida à imprensa, a "Fundación Atapuerca" anunciou a descoberta de um dente fóssil de hominídeo encontrado num nivel muito antigo do jazimento da "Cueva de la Sima del Elefante", na denominada "Trinchera del Ferrocarril" (Sierra de Atapuerca em Burgos)..
Segundo essa nota, "com esta excepcional descoberta obtivemos provas científicas de presença humana no continente europeu, há mais de 1 milhão de anos" (cerca de 1 milhão e duzentos mil anos).

A "Fundación Atapuerca" assinala que as primeiras análises "permitem supor" que se trata de um antepassado do "Homo antecessor", descoberto no jazimento de "Gran Dolina", também na "Sierra de Atapuerca".
---------
comentário
Os funcionários ciêntificos do "politicamente correcto" devem estar próximos de uma crise nervosa profunda.
Quando nos anos 1970 apresentaram a teoria do "Out of Africa" (pela qual os seres humanos provêm "todos" de África, conforme a "invenção" do sr. Darwin) afirmaram que o "Homo sapiens" teria chegado à Europa (depois de uma longa digressão dos africanos pelo Médio-Oriente e Ásia) à cerca de 100.000 anos… posteriormente passaram para 500.000 anos… com a descoberta do "Homo antecessor" aumentaram para 1 milhão de anos… agora para quanto passará a antiguidade da chegada dos excursionistas africanos ?
Proponho que indiquem directamente 10 ou 20 milhões de anos. Questão de defesa, no caso de surgir mais alguma surpresa !

A realidade é que, independentemente de que alguns hominídeos tenham chegado à Europa provindos de África, houve um desenvolvimento de "sapiens" noutros locais, além desse continente.
A antiguidade do "Homo erectus" na Ásia e do "Homo antecessor" na Europa, disso são prova.

Mas, se o "Novos Ordo Seclorum" decidiu que o "Homo sapiens" é natural de África e descende de aborígenes mais ou menos macacóides, há que acertar a realidade pelo dogma, e as sumidades que escrevinham programas escolares continuarão a ensinar aos mais jovens uma série de tretas sem nexo, impondo-as como condição para obter diplomas. E por aí vemos tanta boa gente a defender autênticas enormidades "porque foi o que lhes ensinaram". Compreensível…

3 comentários:

Anónimo disse...

Es buena cosa que el primer homínido sea burgalés........

c disse...

O "Homo Sapiens", queiramos ou nao, parece descender mesmo de "aborígenes mais ou menos macacóides", pos o Homo Sapiens nao apareceu do nada tal qual como é hoje, bom, a nao ser que o António Lugano seja um crente na história de Adao e Eva :)

" houve um desenvolvimento de "sapiens" noutros locais, além desse continente."

E claro que sim mas as diferentes espécies tem origens e linhagens comuns (que levam à raiz comum da vida neste planeta), nao andam a aparecer "caídas dos céus" em tudo quanto é sítio.
A mesma espécie "aparecer", simultaneamente, em vários pontos separados da Terra, isso sim, é algo inverosímil, pois a descodificaçao (e estudo) do ADN aponta para uma origem comum nao só dos humanos mas também de toda a vida na Terra.
Agora se o Homem apareceu primeiramente em Africa, na Oceania, na Europa, na Patagónia, ou na Antárctida (nos tempos da Pangea do Pérmico ou do Cretácico nao terá sido) parece-me apenas uma mera curiosidade arqueológica.
Interessante, sem dúvida, mas apenas isso, uma curiosidade.

Nunca percebi o porque destes "tiques e mesuras" (nao estou a falar do António Lugano) de alguns humanos acharem a sua espécie muito "especial" e, por isso, separada das demais espécies, ecossistemas e processo evolutivos.
Ainda por cima, as hipóteses de, neste Universo gigantesco (perdoe o eufemismo), a vida ser um exclusivo da Terra sao, no mínimo, ridículas.
Um dia destes lá se vai o "exclusivo".

Cumprimentos

António Lugano disse...

ao "gauleiter de chelas"

O facto de que o "Homo sapiens" não tenha aparecido do nada, não é razão suficiente para que descenda de "aborígenes mais ou menos macacóides". A dualidade booliana (0 e 1 ; sim e não ; bom e mau) tão apetecida pelo raciocinio crédulo, não é uma necessidade no raciocinio critico.
A evolução dos aborígenes "e outros macacóides", e a sua interligação com os hominídeos, é doutrina que não professo.
Aliás, não professo doutrinas, sejam religiosas ou políticas, pelo que também não sou crente no mito de Adão e Eva….

Quanto à "raiz comum da vida neste planeta" é uma afirmação que parece assumir como uma certeza incontestável, quase religiosa, e aí estamos mais perto do dogma que do diálogo para-ciêntifico.
Como exemplo, permito-me relembrar-lhe que, presentemente, uma das teorias mais defendidas na área da "astrofísica-quimica-biologia molecular" é a da "panspermia", algo que ainda há pouco mais de vinte anos era considerado quase "ciência-ficção".

Quanto à inverosimilhança da mesma espécie (população interfecunda) "aparecer, simultaneamente, em vários pontos separados da Terra", depende da noção de simultaneidade. Se a noção for a nível sincrónico, parece-me difícil ; porém dentro de um diacronismo temporalmente vizinho, não me parece surpreendente.
Deixe-me recordar-lhe que, e.g., os elefantes, são de uma mesma familia taxionómica (Elephantinae) que origina duas espécies africanas (Loxodonta africana e Loxodonta cyclotis) e, especialmente, uma espécie asática (Elephas maximus), que se encontra desde o Bornéu à China, de Sumatra ao Vietnam e da Siria à India. Uma mesma espécie embora extremamente dispersa e com alguma diferenciação local.
Submetido às mesmas leis da natureza, o "Homo sapiens", como espécie descendente do "Homo erectus", surgiu nos mais variados locais onde este habitava, e daí as diferenças entre asiáticos, africanos ou europeus.

Por isso, o facto de que se tenham encontrado fósseis de "Homo erectus" em África, na Ásia, e ainda recentemente na Europa (Croácia), não me parece em nada surpreendente (pelo contrário), pois o "Homo sapiens" (considerando-o como uma evolução do "Homo erectus") surgiu nas diversas regiões habitadas pelo seu antepassado próximo.

Mas, que dizer do "Homo antecessor" que, há 800.000 anos utilizava utensilios de silex e praticava com o fogo, tal como o "Homo erectus", mas na Europa (Atapuerca - Espanha) ? E o dente "humano" descoberto recentemente, também em Atapuerca (junto com pontas de silex) e datado de aprox. 1 milhão e 200.000 anos ?

Se, segundo os "magos" da ciência oficial, o "sapiens" africano iniciou a sua excursão europeia há cerca de 600.000 anos, como se justifica a existência dos "Homo" de Atapuerca ? Ou teremos de acertar a realidade pela "versão oficial" ?

Sem dúvida que não há exclusivos… a natureza ("o acaso e a necessidade") tratou o ser-humano com as mesmíssimas normas que utilizou com as baleias ou com as moscas.

A partir de Setembro, aquí no "Mneme", publicarei um despretencioso trabalho intitulado "Humano est", com oito capitulos subordinados aos temas, do I a VI ao "Acaso e Necessidade" e o VII e VIII ao "Factor de humanização".
Gostaria de receber os seus comentários.

Cumprimentos