"O sancta simplicitas ! (1)
Que singular simplificação, que falso ponto de vista do homem na sua vida !
Não nos surpreendemos o suficiente quando abrimos os olhos perante esta maravilha !
Como tornamos tudo claro, e livre, e ligeiro à nossa volta !
Como soubemos dar aos nossos sentidos o livre acesso a tudo o que é superficial, ao nosso espirito um impulso divino para as espertezas e os paralogismos !
Como, desde o principio, soubemos conservar a nossa ignorância para disfrutar de uma liberdade apenas compreensível, para disfrutar da falta de escrúpulos, da imprevidência, da bravura e da serenidade da vida, para disfrutar da vida !
E é somente sobre estas bases, sólidas e inquebrantáveis da ignorância, que a ciência pôde edificar até ao presente, a vontade de saber sobre a base de uma vontade bem mais potente ainda, a vontade da ignorância, da incerteza, da mentira !"
*Friedrich Nietzsche in "Para além do Bem e do Mal".
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(1)
Palavras de Jan Huss (1369-1415) quando, junto à fogueira acessa para o supliciar, por resolução da Igreja Católica no Concilio de Constança (1414), viu uma humilde mulher lançar mais madeira para activar o braseiro.
Reitor da Universidade de Praga e ordenado padre em 1400, Huss propõe uma Reforma da Igreja.
Considerado hereje, a 6 de Julho de 1415 é amarrado a um poste e queimado vivo.
Como a decisão dos "juizes da Igreja" era que "nada ficasse do supliciado", o seu esqueleto foi moido e o pó resultante lançado às águas do rio Reno.
O seu amigo Jerónimo de Praga exclamou : "Podem queimá-lo, mas não se queima a verdade."
A 30 de Maio de 1416, a Igreja condena Jerónimo de Praga a suplicio semelhante.
Que singular simplificação, que falso ponto de vista do homem na sua vida !
Não nos surpreendemos o suficiente quando abrimos os olhos perante esta maravilha !
Como tornamos tudo claro, e livre, e ligeiro à nossa volta !
Como soubemos dar aos nossos sentidos o livre acesso a tudo o que é superficial, ao nosso espirito um impulso divino para as espertezas e os paralogismos !
Como, desde o principio, soubemos conservar a nossa ignorância para disfrutar de uma liberdade apenas compreensível, para disfrutar da falta de escrúpulos, da imprevidência, da bravura e da serenidade da vida, para disfrutar da vida !
E é somente sobre estas bases, sólidas e inquebrantáveis da ignorância, que a ciência pôde edificar até ao presente, a vontade de saber sobre a base de uma vontade bem mais potente ainda, a vontade da ignorância, da incerteza, da mentira !"
*Friedrich Nietzsche in "Para além do Bem e do Mal".
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(1)
Palavras de Jan Huss (1369-1415) quando, junto à fogueira acessa para o supliciar, por resolução da Igreja Católica no Concilio de Constança (1414), viu uma humilde mulher lançar mais madeira para activar o braseiro.
Reitor da Universidade de Praga e ordenado padre em 1400, Huss propõe uma Reforma da Igreja.
Considerado hereje, a 6 de Julho de 1415 é amarrado a um poste e queimado vivo.
Como a decisão dos "juizes da Igreja" era que "nada ficasse do supliciado", o seu esqueleto foi moido e o pó resultante lançado às águas do rio Reno.
O seu amigo Jerónimo de Praga exclamou : "Podem queimá-lo, mas não se queima a verdade."
A 30 de Maio de 1416, a Igreja condena Jerónimo de Praga a suplicio semelhante.
1 comentário:
Anécdota de don Antonio Canovas del Castillo: Don Antonio, fulano habla muy mal de usted! ¡Qué extraño, no recuerdo haberle hecho ningún favor al tal señor!
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