domingo, 25 de novembro de 2007

25 de Novembro de 1975

Ramalho Eanes
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Palavras do Almirante Pinheiro de Azevedo
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"… Como militar confiei em militares e aderi à revolta do 25 de Abril.
Aderi convicto de que servia o meu País.
Depressa me convenci de que não era assim.

"… A verdadeira escalada comunista começou - por omissão objectiva do general Spínola - seis dias após o levantamento militar.
Teve o seu início no dia 1.° de Maio de 1974. A consolidação da escalada comunista, sob o ponto de vista ortodoxo da estratégia soviética, consumou-se no dia 25 de Novembro de 1975.
A sua mais importante consequência foi a promulgação pelo Presidente da República "nascido" nesse dia, da Constituição concebida e aprovada pelos Constituintes do período gonçalvista.

"Realmente a Constituição de inspiração comunista estava condenada a morrer antes de ser promulgada : foi salva pelo 25 de Novembro.

"O Partido Comunista Português, stalinista estrangeiro e antipatriótico, estava condenado e perder toda a sua influência na vida nacional : foi salvo pelo 25 de Novembro.

"O desafio e a agressão à sociedade civil provocaram um estado de revolta popular que estava a atingir o seu ponto de explosão: tudo foi desmobilizado com o 25 de Novembro.

"Consumada a descolonização em 11 de Novembro de 1975 com o seu último episódio da entrega de Angola ao MPLA soviético, tornava-se urgente um sedativo forte para o equilíbrio do psiquismo colectivo : esse sedativo chamou-se 25 de Novembro.

"As figuras centrais do Prec tinham cumprido a sua missão.
A descolonização estava feita : de futuro, o importante era consolidá-la no plano internacional, através de uma determinada política externa.
A Constituição comunista estava feita : o importante era promulgá-la.
A estatização da economia estava feita : o importante era mantê-la sem histerismos e dirigi-la com eficácia, com tecnocracia.

"As conquistas fundamentais estavam consumadas.
Mas como o haviam sido contra a vontade do povo real, como haviam traumatizado profundamente o estado de espirito da sociedade civil, tornava-se vital substituir as pessoas e os métodos.

"As legiões romanas davam lugar aos colonizadores romanos.
Os conquistadores davam lugar aos administradores.
O 25 de Novembro encarregou-se disso.
E surgiu o administrador António Ramalho Eanes.
Mas não surgiu por acaso.
Por isso chamei a este livro "25 de Novembro sem Máscara".
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Excertos de "25 de Novembro sem Máscara" pags. 13, e 19 a 23.
Editorial Intervenção - 1979
Pinheiro de Azevedo (1917-1983)
- almirante (1976) e 1º ministro (1975/76)
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comentário
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Pinheiro de Azevedo, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais em Abril de 1974, foi mais um dos "inocentes úteis" que colaboraram com o "golpe de palácio" do 25 de Abril.
Compreendeu que a "golpada" era dirigida desde o exterior e que tinha apoios dentro do regime de Salazar-Caetano !
Do que parece não se ter apercebido (pelo menos não o revelou) era da conivência da URSS e dos USA na consecução do projecto da "Nova Ordem Mundial", apoiada pelo "Club Bilderberg" e operacionalmente dirigido por Henry Kissinger (e pela CIA) desde a embaixada norte-americana em Lisboa.
As colónias foram entregues a movimentos marxistas coordenados por Moscovo, e em Portugal iniciou-se o processo de esvaecimento identitário ainda em curso, controlado pela UE e executado pelos fantoches da oligarquia política desde então no poder.
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6 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Debía dedicarsele calle en ciudad española

Anónimo disse...

abraham ben elazarm

Anónimo disse...

vernon walters, agregado militar en roma

Anónimo disse...

Serrano 75

Bianca disse...

A descolonização fou boa pra nos