domingo, 15 de julho de 2007

Até breve !




retomaremos
em 15 de Setembro
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Descansem,
façam o favor de ser felizes
e… meditem !
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"Sobre todos os cumes
está o repouso"
Goethe

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Os Gouvarinhos da modernidade (2/2)



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os "imensamente" provocadores
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Após tomar uns sais para acalmar a alegria que as palavras do "President" lhe tinham provocado, lá foi o Torres aconselhar-se junto do seu colega euro-deputado Macheco Macieira que, reunido com um grupo de políticos no activo, fazia valer as suas profundas convicções sacro-marxistas de sensibilidade liberal-socialista, lançando uma poderosa diatribe contra a morosidade em construir auto-estradas, estradas e circulares.
Lá no fundo da sala, uns membros da "aead" ("associação de empreiteiros amigos da democracia"), abriam a quinta garrafa de "Veuve Coquelicot"…

Após o "recado" aos políticos de turno, Macieira acedeu conversar em privado com o anfitrião, começando por dizer-lhe :
- A implicação da sua problemática nos paradigmas apodíticos da dualidade circunstante…
- Alto lá, ó Macieira, não entendo patavina da sua lengalenga… Que diz vocemecê ?
- Nada… "words, words, words…", não quer dizer nada, mas diga lá que não é bonito ?
- Deixe-se de tretas que isto não é o europarlamento… e eu estou assustado !
- De quê, homem ? estamos em democracia e do lado bom da barreira, assim que… a menos que seja ainda o assunto das suas filhas ?
- Pois é, homem, pois é.
- Ó Torres… não se preocupe que temos a segurança assegurada. Descanse !

Para aqueles que não conhecem os pormenores da história, revelamos aqui (confidencialmente) a razão da preocupação do eurodeputado Torres.
Tem sua excelência duas filhas gémeas, frequentadoras do colégio inglês onde são conhecidas como as "Torres gêmeas" ("Twin Towers")… ora, com todo este terrorismo à solta, é compreensível que o Felizberto D'Almeida Torres sinta um certo "cagaço" pela segurança das Torres, ou seja da prole.
A primeira lição de segurança máxima que papa Torres deu às meninas Torres, consistiu em dizer-lhes que, no regresso da "school", se ouvissem um avião, pensassem que podia ser algum primo do Bin Landen e se colocassem de imediato debaixo de qualquer protecção, desde um telhado a um autocarro.
Como na prática não se encontram muitos telhados pela rua, isso já provocou que fossem atropeladas 14 vezes… mas a verdade é que nunca foram atingindas por um Boeing sequestrado. O que é demonstrativo de quanto o método é eficaz !

Haverá quem insinue que a segurança que envolve a mansão dos Torres, também protege sub-repticiamente (num sotão da mansão) uns irredutíveis-democratas do BE que preparam a nova parada do "orgulho gay", imprimem panfletos pelo aborto obrigatório e pela entrada massiva de gentios alógenas.
Também é confidencialmente secreto que num curral, disfarçado de capela à Senhora da Agonia, os crentes na doutrina da seita denominada "Liga dos homens justos", e do seu Manifesto, escrito pelo neto de um rabino, aguardam a chegada iminente do exército vermelho à fronteira do Caia.

Rezam as crónicas que, certa vez, no declinar de um sarau, quando os convivas já metiam os talheres de prata ao bolso, o politico-reservista Rabelo de Sôsa (sempre oportuno), referiu o "perigo reaccionário"…
- A que reaccionários se refere , Rabelo ?, indaga uma conselheira pedicura do Centro Cultural de Belém (e funcionária da "secreta").
- Se se refere aos que defendem a nação do Guadiana ao Minho (e por essa ordem), a Pátria de Camões e de Obikwelo, a bandeira da Carbonária (a azul e branca é portista) e os pendões do Nuno Alvares, esclarece um autarca-progressista, esses são mansos… quero dizer, inocentes.
- Mas, "cuidé" com os outros,
exclama Arménio, um pedreiro da Areosa, ex-emigrante em França, e assessor percussionista no "cubo da música"…
- Tem razão, reforça a calista do CCB (e da "secreta"), haverá que ter cuidado com os outros reaccionários… aqueles que não vão em cortejos "pró-pátria" nem imploram a virgem e o santo Balaguer… A esses deviamos chamar-lhes, depreciativamente, "nacionalistas"…

Perante a palavra "nacionalista"… ouvem-se gritos dos circunstantes, damas do CDS/PP entoam "Nearer, my God, to Thee" como se estivessem em pleno naufrágio do Titanic, uma procissão de velas inicia-se de imediato entre a adega e o galinheiro, lá ao longe um gato mia, uma rata abandona o barco, e cá mais perto alguém salta para a piscina, gritando "Jeróoonimo"…
"É a luta final…", cantam uns, enquanto outros perguntam "p'ra que lado fica Fátima ?".
Desmaiam dois "travestis" caipiras, assessores de imagem de vários politicos…
Sobre um "pechiché", brandindo um espanador, um militar de Abril, ferido de guerra (três vezes no boné e uma no tacão da bota em que se refugiara), vocifera "Às armas, às armas cidadãos…".

Apavorante… Tremendo… Alucinante…

Alguém corre a chamar um exorcista, que não tarda 5 minutos em chegar correndo, uma mão a levantar a beira do saiote, outra brandindo uma cruz e, como não tinha mais mãos, um bota-fumeiro ao pescoço ! Os crentes tranquilizam-se…
O naufrágio de Manuel de Sepúlveda ou do Poseidon, eram autênticas romarias comparando com o pânico que provocou o termo "nacionalista", pronunciado pela pedicura do CCB (e da "secreta").

Perante o cataclismo, o "apocalipse now" que se avizinhava, o conselheiro Anastásio, colocando o "pince-nez", tenta apaziguar os ânimos explicando :
- Damas e Cavalheiros, os que se afirmam nacionalistas dividem-se entre si em :
1. - os que não têm nem ideia do que é o nacionalismo (85%) ;
2. - os que creem já ter ouvido falar "nisso" (14%) ;
3. - os que sabem o que é o nacionalismo, e o defendem (1%).
Assim que, "nada de pânico" pois a situação está controlada.
Nunca passará nada de grave à democracia, porém… como nunca se sabe… vão-se pirando… as mulheres e os travestis primeiro !

Nesse momento chegam os Bombeiros, a Protecção Civil e um picheleiro que vem receber uma facturinha em atraso…
Os helicópteros contra-incêndios fazem voos razantes… Os cacilheiros apitam… Os rabelos alçam as velas…
O clamor é demencial… sobe aos céus e desperta S. Pedro que, furibundo, lança raios e coriscos…
A confusão é grande, mas a fé dos democratas é imensa… O "nacionalismo" é amaldiçoado, excomungado, condenado ao GULAG e a ser fusilado três vezes por semana com balas enferrujadas para que se infecte com o tétano.

Para o dia seguinte ficou previsto um "Te Deum laudamus" na catedral, sessão iniciática na Loja, reunião de esclarecimento na célula e reflexão no retiro.
Missa est !
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comentário
os nacionalistas, curiosidade política de uma época em que oportunismo era um termo depreciativo, são (no pós-pós-modernismo) apontados a dedo como "avis raris", designados de reaccionários, devoradores de criancinhas e furibundos herejes.
Nos meios mais intelectualizados, os que coleccionam biografias dos jogadores de futebol e recortam o calendário do Matulinho, a demoninação é mais "soft" e fica-se pelo epíteto de "antiquados"… de "démodés", como diria a menina Juju de Sôsa, fazendo beicinho para que lhe saia um expiro com sotaque parisiense "rive-gauche".

"Les démodés", "os fora de moda", aqueles que sabem que "país" não é sinónimo de "nação", nem "população" de "povo".
Aqueles que pensam ser necessária a "nação" para haver "nacionalismo".
Os que consideram que sem uma unidade povo + cultura + território, a "nação" é um logro, uma fraude e uma falácia.
Enfim, uns "imensamente provocadores" !

terça-feira, 10 de julho de 2007

Os Gouvarinhos da modernidade (1/2)



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conversas
"interessantíssimas"
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Sobre a ironia, esperamos que todos a entendam como uma figura de retórica, uma expressão contrária ao que se pensa, uma forma de provocar a reacção do leitor fazendo-o reflectir e enfrentando-o à antífrase.
O próprio Aristócles (aliás Platão) considerado "divino" por gerações de seguidores da lógica, da sofística e da maiêutica dos seus diálogos, foi insistentemente irónico, principalmente através do seu personagem Sócrates, ele mesmo uma invenção irónica do fundador da Academia.
Ao citar a ironia de Platão não estamos, obviamente, a pretender justificar o nosso texto, a tanto não chega o atrevimento, mas tão somente a solicitar condescendência para o mesmo… e para o seu autor.
Baruch Spinoza, ou Bento de Espinoza, (1632-1677) no "Tratado teológico-politico", publicado anonimamente em 1670, pedia aos seus leitores para "não rir, não chorar, não troçar, mas compreender".
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Gouvarinhos, o eurodeputado e o nacionalismo

Na agitação cosmopolita das grandes urbes, prosseguem os jantares-convivio em casa dos émulos do Conde de Gouvarinhos, esse intemporal personagem de Eça, como marcadores de pauta do "correcto pensar" da burguesia intelectualizada.
Temporalmente distante dos cenários do décimonono século, brilhantemente reproduzidos pelo co-autor das "Farpas", os saraus realizam-se agora nos jardins da mansão do eurodeputado Felizberto d'Almeida e Torres, integro democrata-mação, e desde 1975 de um só partido (embora existam ameaças de lhe partir o outro).
No "european portuguese new deal" já não se utilizam titulos de nobreza, mas sim de oportunismo, de comendadorismo e de trapaça.

Nos jantares-sarau, entre uma seleccionada assistência (que os reaccionários denominam "cáfila de malandros") fala-se muito, mesmo com a boca cheia, e discutem-se temas de rara visão estratégica.
Quanto à capital, roça-se a inaudita coragem de referir um novo super-aeroporto, com chegadas na Ota e saidas desde Alcochete, sendo a venda de bilhetes (e rifas) efectuada no Centro Cultural de Belém que, finalmente, servirá para alguma coisa útil.
Para o Porto, o "cubo da música", que alguns humoristas apelidam de "Casa da Música", é proposto pelos comensais o Guiness do "imensamente moderno", conjuntamente com o "pátio das mesquitas", novo "look" pós-pós-moderno que uns "eleitos" deram à alameda que jaz em frente à Câmara da mesma cidade.

Quando enfrentados a um salmão "farcie" condimentado com "sirop de gengibre", os convivas lançam-se em diálogos cuja retórica faria empalidecer o próprio Platão ; verborreia exponencial e logarítmica de sistemas quadráticos, demonstrativa de vacuidade e despropósito. Enfim, o discurso democrático na sua plenitude !

Em política corrente, alguns protestam veementemente pela forma demasiado agressiva com que o agrupamento PPD (Pipidi, em anglófano) conduz, no convento de S. Bento, os actos de oposição ao governo do PS (Piesse), o que, segundo afirmam, atinge a desvergonha de interromper o sono repousante de alguma "senhoria" distraidamente presente… Sugere-se a esse grupo que se comporte como já o faz fora desse local : quedo e mudo !

Timidamente, alguém refere que talvez não seja de boa educação (entre democratas) insinuar que o sr. Pinto de Sousa não é engenheiro…
Então, pigarreando, fungando e fazendo "tssst, tssst" com a lingua nos dentes, Aloisio Pingado, doutor-engenheiro-arquitecto, sócio do PS desde a "exemplar descolonização", diplomado pela escola primária da junta de Alcabideche, e com dois "honoris causa" pelas universidades de Macapá e Tabatinga, diz :
- O valor esta aí… na prática. Alguém alguma vez perguntou ao Sócrates se era licenciado em filosofia ?
- Como em filosofia, "atão nun é engenhêro" ?,
surpreende-se alguém.
- Refiro-me ao amigo do Platão…
- Amigo de quem ? "Óvi dezer qu'era amigo de um tal Diogo" !, afirma uma feminista.
Oh ! Afirmação demoniaca, negacionista e (talvez) homófoba. Vai daí, o ambiente arrefece. Torna-se mórbido !
Sopra o vento da meia-noite… anuncia-se o "coffee-break" das "zero e seis"… e termina o "sarau" !

Ocasiões há, em que situações socialmente dificeis como a descrita, são salvas pela rápida e decidida intervenção de Madame D'Almeida Torres, licenciada (dótôra) por afinidade electiva ("Wahlverwandtschaft" em teutão) e eurodeputada por matrimónio, conselheira de várias "ministras" da cultura pelos seus ímpares conhecimentos das praias nudistas entre Tróia e Sagres e pela sua pró-activa atitude "não-fumadora" e defensora da saúde (só "snifa" coca, o que é "imensamente democrático").

Para que se avalie a qualidade intelectual de Madame D'Almeida, mais conhecida por "se dótôra", relembro aquela questão por ela públicamente colocada ao eurodeputado seu marido, em determinado sarau na presença de várias outras europeias excelências :
- Ó Felizbertinho, você "na" podia influenciar para que a capital "Êropêa" fosse lá mais para as Caraibas onde a temperatura é "imensamente óptima" ?
Perante semelhante repto, o eurodeputado Macheco Macieira, que não perde uma de "comes e bebes", e que não é daqueles a baquear perante tão minima dificuldade, garantiu de imediato uma reunião, para marcar um "meeting" preparatório de uma assambleia que designe uma comissão encarregue de promover uma conferência em Burkina Fasso (questão de alternativa multiculturalista) onde a questão seria analisada.
Madame "se dótôra" entrou em extâse perante semelhante prova de funcionalidade operativa das "instituições".
Ah !, pensava ela olhando de soslaio o espelho que reflectia (com dificuldade) os seus 98 quilogramas de silhueta, se ao menos na tal Burkina houvesse alguém importante para estender o tapete "encarnado""Siga o cherne, minha amiga!", dizia-lhe uma voz…

Após "snifar" o seu democrático "gramita de coca", Felizberto D'Almeida Torres pucha pelo braço do seu rotundo amigalhaço Moares (confuso como sempre) e segreda-lhe, enquanto mastiga um pastel de baba de caracol (que dizem fortalecer a testa) :
- Pouca gente sabe da existência de um "protocolo", que eu apoio sem reservas, anunciando para o século XXII uma Europa versão Imperial (não confundir com "fino" ou "canha") de Jericó a Rabat e das Berlengas ao Kurdistão.
- Desde que não me toquem na Fundação… que se lichem todos
- profere Moares (solidário como sempre).

O que não sabia o Torres, é que a SIA tinha instalado microfones nas bochechas do Moares pelo que o clube "caveiras e tibias" foi imediatamente informado.
Ainda o Torres não tinha engolido o pastel que tinha entre dentes, e já as TVs da mansão (mais as de todo o mundo) transmitiam a estratégica resposta do "fellow" George B. "the second", que advertia, perante 666 correspondentes de Tvs, Rádios e Revistas de "comics" :
"Se a velha Iuropa, perdão, quero dizer Europa, quizer mudar de fronteiras, nos aceitamos "sempre e quando" seja na defesa dos valores ecuménicos do Banco Mundial, na declaração de principios de Guantánamo e… por outras coisas de que não me lembro agora…"
Perante tão sublime demonstração de saber, de conhecimento e de arte, Torres sentiu-se verdadeiramente euro-yankee.
continua

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Europeus...


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a falácia
do "Out of Africa"
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Numa nota fornecida à imprensa, a "Fundación Atapuerca" anunciou a descoberta de um dente fóssil de hominídeo encontrado num nivel muito antigo do jazimento da "Cueva de la Sima del Elefante", na denominada "Trinchera del Ferrocarril" (Sierra de Atapuerca em Burgos)..
Segundo essa nota, "com esta excepcional descoberta obtivemos provas científicas de presença humana no continente europeu, há mais de 1 milhão de anos" (cerca de 1 milhão e duzentos mil anos).

A "Fundación Atapuerca" assinala que as primeiras análises "permitem supor" que se trata de um antepassado do "Homo antecessor", descoberto no jazimento de "Gran Dolina", também na "Sierra de Atapuerca".
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comentário
Os funcionários ciêntificos do "politicamente correcto" devem estar próximos de uma crise nervosa profunda.
Quando nos anos 1970 apresentaram a teoria do "Out of Africa" (pela qual os seres humanos provêm "todos" de África, conforme a "invenção" do sr. Darwin) afirmaram que o "Homo sapiens" teria chegado à Europa (depois de uma longa digressão dos africanos pelo Médio-Oriente e Ásia) à cerca de 100.000 anos… posteriormente passaram para 500.000 anos… com a descoberta do "Homo antecessor" aumentaram para 1 milhão de anos… agora para quanto passará a antiguidade da chegada dos excursionistas africanos ?
Proponho que indiquem directamente 10 ou 20 milhões de anos. Questão de defesa, no caso de surgir mais alguma surpresa !

A realidade é que, independentemente de que alguns hominídeos tenham chegado à Europa provindos de África, houve um desenvolvimento de "sapiens" noutros locais, além desse continente.
A antiguidade do "Homo erectus" na Ásia e do "Homo antecessor" na Europa, disso são prova.

Mas, se o "Novos Ordo Seclorum" decidiu que o "Homo sapiens" é natural de África e descende de aborígenes mais ou menos macacóides, há que acertar a realidade pelo dogma, e as sumidades que escrevinham programas escolares continuarão a ensinar aos mais jovens uma série de tretas sem nexo, impondo-as como condição para obter diplomas. E por aí vemos tanta boa gente a defender autênticas enormidades "porque foi o que lhes ensinaram". Compreensível…

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Europa democrática...

e a servidão voluntária…

O resultado da última "Cimeira europeia" exemplifica o encaminhamento da organização oligárquica de Bruxelas para a sua estruturação em inexpugnável "torre de marfim", autoritária e consequentemente centralizadora.
O acordo conseguido, baseado em negociações confidenciais, promete ser um paradigma mais de demagogia e engano.

A oligarquia pan-europeia formata-se, cada vez mais, como cúpula política orientada a converter a Europa num mercado submetido às regras de um poder financeiro omnipresente e intolerante.
Os povos e as culturas serão, insistentemente, alvo prioritário de uma miscigenação orientada a uma normalização visando objectivamente descaracteriza-las.

A potenciação de um Ministro de Assuntos Estrangeiros europeu, eufemísticamente denominado “alto representante”, não esconde o facto de que sobre esse funcionário recairão competências até agora reservadas à aplicação do "poder de soberania" por parte dos representantes directos das populações de cada Estado.
Uma insofismável transferência de soberania, uma objectiva perda de poder politico no âmbito internacional.

A adopção de mais uma demagógica "carta de direitos" (obrigatórios) permite à oligarquia de Bruxelas imiscuir-se nos assuntos internos de cada Estado, incluindo os "direitos sociais”.
O governo británico autoexcluiu-se desses "direitos" ; enquanto à "independência" proclamada pelo senhor Sarkozy… dissolveu-se como um torrão de açucar em água quente.

A presidência da "coisa" europeia passará de dois anos e meio para cinco anos, fechando cada vez mais as possibilidades de controlar as "competências" em função e, obviamente, pretendendo que as decisões dos pré-claros eurodeputados não possam ser submetidas a referendo.

Enfim, destrói-se a Europa dos povos em favor de um anexo do governo mundial.

Prepara-se uma nova versão de Constituição (agora apelidada de "Tratado") destinada a destruir a soberania colectiva de cada povo, e a independência individual de cada um de nós.

Porquê esta iniciativa no momento em que o governo português assume, por rotação, a presidencia do antro burocrático sediado em Bruxelas ?
A razão é simples, e abertamente comentada em várias capitais europeias : o governo do sr. Pinto de Sousa (mais a ineficaz, comprometida e virtual oposição do sr Marques Mendes) são auténticos títeres nas mãos de quem manda, e farão o que lhes ordenarem.

A reunião no Porto, no "cubo" pós-pós-moderno (eufemísticamente denominado "Casa da Música"), entre o governo português e os mandatários europeus é, sem dúvida, um presságio para o futuro próximo : "tudo música" !